Foto: Ivo Gonçalves/PMPA
Obras do Pisa ampliarão o tratamento de esgotos, melhorando a água do Guaíba |
No momento em que especialistas, cidadãos e lideranças de nações de todos os continentes aprofundam a reflexão sobre o futuro dos recursos naturais na Rio+20, Porto Alegre faz um balanço da sua história de sustentabilidade e das estratégias consolidadas para o futuro da cidade. A capital gaúcha formatou especialmente para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento um inventário sobre as iniciativas sustentáveis presentes na rotina da cidade, levando ao público reunido no Rio de Janeiro exemplos práticos, como o Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), que representa uma revolução no tratamento do esgoto e no saneamento básico.
Obras do Pisa ampliarão o tratamento de esgotos, melhorando a água do Guaíba
Obras do Pisa ampliarão o tratamento de esgotos, melhorando a água do Guaíba
No momento em que especialistas, cidadãos e
lideranças de nações de todos os continentes aprofundam a reflexão sobre
o futuro dos recursos naturais na Rio+20, Porto Alegre faz um balanço
da sua história de sustentabilidade e das estratégias consolidadas para o
futuro da cidade. A capital gaúcha formatou especialmente para a
Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento um inventário sobre
as iniciativas sustentáveis presentes na rotina da cidade, levando ao
público reunido no Rio de Janeiro exemplos práticos, como o Projeto
Integrado Socioambiental (Pisa), que representa uma revolução no
tratamento do esgoto e no saneamento básico.
Diante do desafio mundial de discutir o que constitui uma cidade
sustentável, Porto Alegre busca enfrentar os desafios com investimentos
no desenvolvimento sustentável. As estratégias incluem ações para
revitalizar espaços urbanos, compensar fatores que afetam as mudanças
climáticas, fazer gestão de resíduos e tecnologia, reduzir emissão de
gases poluentes, monitorar o clima e prevenir desastres, investir em
energias renováveis, preservar áreas verdes e promover educação
ambiental.
Representando a Rede Metrópolis no encontro do Climate Leadership Group
(C40), grupo internacional de articulação política para a
sustentabilidade que reuniu mais de 70 prefeitos das maiores cidades do
mundo no Rio de Janeiro, o prefeito José Fortunati avaliou o
protagonismo das cidades no desenvolvimento de políticas de
sustentabilidade e de enfrentamento das mudanças climáticas. “Apesar de
alguns governos nacionais estarem reticentes em definir metas para a
sustentabilidade ambiental em virtude da crise financeira mundial, os
municípios têm feito a sua parte”, afirma o prefeito.
“Porto Alegre é referencia ambiental. Estamos trabalhando para
aprofundar e fortalecer esse modelo, em ações concretas em diversas
frentes. A conclusão do Socioambiental, a recuperação da balneabilidade
do Guaíba, a qualificação do transporte coletivo com modelo menos
poluente, a revitalização da orla e a reciclagem do lixo em todos os
bairros são alguns exemplos das iniciativas sustentáveis em
desenvolvimento na Capital”, exemplifica o prefeito.
Boas práticas ambientais - Porto Alegre possui
histórico de pioneirismo no debate sobre questões ambientais e
participação popular. Desde 1976, quando criou a primeira secretaria
municipal de meio ambiente do país, passando pela instituição do
Orçamento Participativo, em 1989, até os dias atuais, a cidade vem
implementando diversas ações que tem como foco o cuidado com o meio
ambiente, a educação ambiental e a qualificação da vida das pessoas.
Além de sua vasta arborização (1,3 milhão de árvores apenas em vias
públicas) e do grande número de áreas verdes (608 praças, nove parques e
três unidades de conservação), Porto Alegre possui um legado de boas
práticas ambientais.
Entre os exemplos mais contundentes estão a gestão do lixo, com a
implementação há 22 anos da coleta seletiva e distribuição de resíduos
secos para cooperativas de triagem; a troca do sistema de iluminação
pública, que ficou mais eficiente e está garantindo economia de 33,6%; a
produção de alimentos e a criação de animais em sua área rural,
garantindo a geração de empregos verdes; a prevenção de desastres e
acidentes por meio do sistema de monitoramento do clima e do trabalho
para coibir ocupações irregulares e em áreas de preservação permanente
(APPs); as obras de mobilidade urbana, como ciclovias, catamarã,
aeromóvel, BRT’s e metrô, visando à redução da emissão de gases do
efeito estufa (GEE); o Projeto Integrado Socioambiental e o Sistema de
Esgotamento Sanitário Sarandi, que ampliarão até o final do ano o
tratamento de esgotos de 27% para 80%, melhorando a qualidade da água e
tornando o Lago Guaíba balneável; a revitalização da orla, do Cais Mauá
até a foz do Arroio Cavalhada; e o projeto para produção de energias
alternativas e limpas por meio da Central de Tratamento de Resíduos.
Estas e outras dezenas de iniciativas estão reunidas no Inventário
de Sustentabilidade, produzido para a Rio+20 e que está dividido em nove
eixos: Governança Ambiental e Justiça Social; Desenvolvimento
Sustentável; Mitigação das Mudanças Climáticas; Pegada de Carbono;
Redução de Emissão de GEE; Monitoramento do Clima e Prevenção de
Desastres; Energias Renováveis e Eficiência Energética; Economia Verde; e
Educação Ambiental.
Projeto Integrado Socioambiental – O investimento
de quase R$ 586 milhões na infraestrutura de tratamento de esgotos é a
principal atração no estande de Porto Alegre no Parque dos Atletas,
palco da Rio+20. Até 24 de junho, os visitantes podem conhecer os
detalhes do Projeto Integrado Socioambiental (Pisa), que será
responsável por garantir a ampliação do tratamento de esgotos de 27%
para 77%, melhorando significativamente a qualidade da água do lago
Guaíba. As tecnologias diferenciadas utilizadas para o grande impulso no
saneamento em Porto Alegre estão expostas no espaço por meio de vídeos e
imagens.
A Capital expõe ainda as experiências do movimento Porto Alegre: Eu
curto. Eu cuido e do Orçamento Participativo (OP). O Eu Curto. Eu Cuido
é um movimento que une a mobilização dos porto-alegrenses com ações
concretas da prefeitura. Dentro da iniciativa, estão projetos que
envolvem limpeza urbana, revitalização dos passeios públicos e respeito
no trânsito. E o Orçamento Participativo que, desde 1989, aprofunda a
relação da prefeitura com a população, é um processo dinâmico pelo qual a
população decide, de forma direta, a aplicação dos recursos em obras e
serviços que serão executados pela administração municipal. O OP é
referência em democracia para o mundo. Conforme a ONU, é uma das 40
melhores práticas de gestão pública urbana no mundo.
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