sexta-feira, 23 de março de 2012

8º Congresso de Turismo Internacional de Turismo - Em foco os destinos turísticos do Mercosul


Mercocidades: em foco os destinos turísticos do Mercosul

Secretário Luiz Fernando Moraes apresentou projeto de integração regional do Turismo denominado Capitais Gauchas / Rotas Tchê
Rotas Tchê irão desenvolver ações para consolidar os produtos turísticos

Painel do 8º Congresso Internacional de Turismo Rede Mercocidades realizado em 23 de março, no Hotel Embaixador, em Porto Alegre, abordou o que é e quais são os objetivos das Rotas Tchê Capitais Gauchas. O projeto é desenvolvido pela Prefeitura de Porto Alegre, via Secretaria Municipal de Turismo, coordenadora da Unidade Temática de Turismo e Rede Mercocidades em parceria com a Intendência de Maldonado, Uruguai,  e o Município de Rosário (Argentina).

O principal objetivo das Rotas Tchê é desenvolver e estimular a execução de conjunto de ações com o intuito de consolidar os produtos turísticos de municípios  da Rede Mercocidades, agregadas a outras que manifestarem seu interesse em participar. “O objetivo é apresentar um projeto que ainda é incipiente, mas que vem sendo desenvolvido dentro da Rede Mercocidades”, destacou o secretário de Turismo de Porto Alegre, Luiz Fernando Moraes.

Conforme ele, as Rotas Tchê também pretendem fortalecer a integração regional entre as cidades da Rede, criar uma nova visão de identidade regional transnacional e fortalecer as identidades regionais. Além de valorizar os atrativos turísticos culturais e naturais dos municípios da região, aumentar do fluxo de turistas, aumentar a geração de renda, inclusão social e redução das desigualdades regionais por meio do Turismo, aumentar a competitividade dos produtos turísticos regionais, potencializar oportunidades para Copa de 2014 e fortalecer o poder local.

Moraes apresentou os próximos passos do projeto. Entre eles estão uma definição de competências e funções; identificar cidades e buscar a adesão dos governos locais, regionais e federais; levantar e sistematizar informações, estudos, projetos e inventários referentes à oferta e à demanda turística e estruturar, ordenar, qualificar e definir roteiros turísticos de forma integrada e organizada; como, também, identificar a capacidade empresarial para fins de promoção e comercialização e os gargalos legais. “Temos um trabalho muito grande para chegarmos a construir grandes rotas e construir uma nova região unindo estes três países, por isso queremos eliminar as fronteiras dos países com este projeto”, completou.

Álvaro Bertoni, diretor-geral de Turismo da Intendência Departamental de Maldonado, completou dizendo que, no Uruguai, o objetivo é promover pelo menos um atrativo em cada município. Procurando o grande atrativo turístico que é Punta del Este. “Os objetivos gerais são dinamizar o turismo da região e posicionar a região no mundo, além de trabalhar os produtos estrela por municípios”, revelou.

Bertoni destacou a importância de se construir um mapa turístico regional e citou alguns exemplos de acordos que deram certo, como o Guia Básico de Línguas que Porto Alegre desenvolveu e que foram distribuídos no país-vizinho. “Agora, espero que este seja um projeto guarda-chuva de outros que existem para que não sejam excluídos”, finalizou.

Considerando que Rede é contensão e seguridade, Héctor de Benedictis, secretário de Turismo do município de Rosário e presidente do Ente Turístico de Rosário – Argentina, destacou que a Rota Tche será parte da fortaleza de todos e que este fortalecimento fará com que seja uma rota única,  que servirá para diminuir as distâncias. “Amigos fiquem bem tranquilos em suas cadeiras, pois a viagem está apenas começando”, brincou.

Já Norton Lenhart, presidente do Conselho Curador do POACVB - Porto Alegre & Região Metropolitana Convention & Visitors Bureau, alertou para que haja uma legislação única entre os países. “Sem legislação de fronteira, estamos malhando em ferro frio, pois as fronteiras secas têm problemas”, disse, completando em seguida: “Isto é o que dificulta o turismo, a cultura, temos que derrubar barreiras e ter liberdade de ir e vir. Quem sabe um documento único, como tantas vezes já se falou, e que os procedimentos legais sejam os mesmos nos países. Se a legislação for única, os projetos funcionam. Devemos pressionar os nossos governos federais para que isso aconteça”, defendeu.

O painel foi coordenado pelo jornalista, presidente do Jornal de Turismo e membro titular do Conselho Nacional de Turismo – Brasil, Claudio Magnavita.

Um comentário:

  1. Muito bom o post. Faço uma cadeira na UFSM sobre Mercosul e esse post colaborou bastante para um trabalho com ricas informações.

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